Há 30 anos, Paulo Lima faz entrevistas com as personalidades mais interessantes do país
…
continue reading
Το περιεχόμενο παρέχεται από το Popol Bug, Soraia Simões de Andrade, and Bruno Peixe Dias. Όλο το περιεχόμενο podcast, συμπεριλαμβανομένων των επεισοδίων, των γραφικών και των περιγραφών podcast, μεταφορτώνεται και παρέχεται απευθείας από τον Popol Bug, Soraia Simões de Andrade, and Bruno Peixe Dias ή τον συνεργάτη της πλατφόρμας podcast. Εάν πιστεύετε ότι κάποιος χρησιμοποιεί το έργο σας που προστατεύεται από πνευματικά δικαιώματα χωρίς την άδειά σας, μπορείτε να ακολουθήσετε τη διαδικασία που περιγράφεται εδώ https://el.player.fm/legal.
Player FM - Εφαρμογή podcast
Πηγαίνετε εκτός σύνδεσης με την εφαρμογή Player FM !
Πηγαίνετε εκτός σύνδεσης με την εφαρμογή Player FM !
Episódio 7 - primeira temporada
MP3•Αρχική οθόνη επεισοδίου
Manage episode 426980237 series 2321905
Το περιεχόμενο παρέχεται από το Popol Bug, Soraia Simões de Andrade, and Bruno Peixe Dias. Όλο το περιεχόμενο podcast, συμπεριλαμβανομένων των επεισοδίων, των γραφικών και των περιγραφών podcast, μεταφορτώνεται και παρέχεται απευθείας από τον Popol Bug, Soraia Simões de Andrade, and Bruno Peixe Dias ή τον συνεργάτη της πλατφόρμας podcast. Εάν πιστεύετε ότι κάποιος χρησιμοποιεί το έργο σας που προστατεύεται από πνευματικά δικαιώματα χωρίς την άδειά σας, μπορείτε να ακολουθήσετε τη διαδικασία που περιγράφεται εδώ https://el.player.fm/legal.
Os Sons Decidem por onde ir (Hans Otte) Toda a linguagem pode ser nociva, mesmo a que eventualmente achamos que não; exactamente por não nos ser possível viver a vida de outros, as apreensões de outros, o corpo de outros, o que palavras vãs a mais provocam nos outros. Achar que as expressões verbais não carregam todas juízos, todas... sem excepção, é estar à parte do mundo senciente, donde da arte, donde da vida. Se estamos dentro da nossa vida (das nossas constelações) não é possível estar dentro a avaliá-la; se assim fosse, como o mundo é infinito e o nosso cérebro não o consegue cobrir na totalidade, todas as ideias, todos os estímulos, andaríamos sempre frustrados. O monólogo como forma "importantíssima" de crítica num mundo de estímulos e contrastes é o álibi perfeito de sociedades pândegas serventes a quem custa encarar o grande simulacro da sua concepção de inactualidade cultural. Em 1885, Friedrich Nietzsche perguntava no antelóquio de Jenseits von Gut und Böse: "Admitindo ser a verdade uma mulher, não será bem fundada a suspeita de que todos os filósofos, ao serem dogmáticos, mostraram conhecer mal a mulher?" A mesma pergunta poderia ser feita a respeito do ensino artístico, da filosofia, da história, ou do ensino da música clássica. Se as constelações criadas nas músicas e nos textos podem amoldar experiências pessoais nas dos outros, não se podem analisar apenas numa procura de equivalências a fonéticas, lexemas, expressões idiomáticas, ou pentagramas; pois assim só nos restaria atribuir um sentido claro e apagar de cada fonograma que achamos relevante, e de cada livro que achamos interessante, a obscuridade intrínseca às experiências transmitida por linguagens criadas a partir de outros nexos e em confronto com tradições minuciosamente estudadas e vividas durante anos; traduzindo a história dos mundos que abraça. É que nos limites dos signos encontramos para lá dos nomes generalistas das notas musicais e das unidades linguísticas mínimas compostas por significantes (imagens acústicas) e significados (coisas), constelações aparentemente fixas mas ligadas por figuras imaginárias a que correspondem cenários especiais. Não há ninguém que escreva que não saiba que a palavra é um signo, e a linguagem feita de objectos presentes, orais e escritos, mirando outros já existentes, não percebidos no imediato. Objectos que são significados e dados a conhecer por via dos signos a outros sujeitos. Num debate organizado por Yves Buin em França no ano 1964, Jean-Paul Sartre dizia: “Quando oiço dizer ‘o homem é a literatura’ entendo imediatamente: o homem está alienado à literatura. Isto porque me é impossível reduzir uma actividade humana como é a literatura à sua essência, tal como fez Ricardou”. Se fazer do homem a essência do literário, como do musical, nada significa, o que procura num disco, num livro, num artigo, o ouvinte ou o leitor? E o que se reclama de crítico, quando qualquer autora experiente tem um olhar crítico e está pronta a debater e rebater? Procurará coisas diferentes, dependendo da provisoriedade ‘dos dias’ em que profere as suas opiniões. No filme Tár, escrito e realizado por Todd Field com a magnífica interpretação de Cate Blanchett para lá do set de filmagens, pois aprendeu alemão e a tocar piano para compor a sua personagem, temos um jargão musical por todo o filme difícil de entender para quem não é músico. Mas, um outro velhinho axioma percorre o filme: permanece a paciência para estar de joelhos diante da força quando até ela já passou a estar ao nosso serviço como instrumento e meio. Se no oculto a desprezamos irredutivelmente com os dentes insaciáveis da falange especializada "na técnica da escrita e não na escrita", no plateau aplaudimo-la, sem outra alternativa... Chegámos, como perceberam, ao episódio 7 das nossas conversas anartísticas sem guião; convidámos a pianista Joana Gama para se juntar à conversa. Passamos, como habitualmente, músicas e ainda falamos de livros que lemos ou andamos a ler.
…
continue reading
7 επεισόδια
MP3•Αρχική οθόνη επεισοδίου
Manage episode 426980237 series 2321905
Το περιεχόμενο παρέχεται από το Popol Bug, Soraia Simões de Andrade, and Bruno Peixe Dias. Όλο το περιεχόμενο podcast, συμπεριλαμβανομένων των επεισοδίων, των γραφικών και των περιγραφών podcast, μεταφορτώνεται και παρέχεται απευθείας από τον Popol Bug, Soraia Simões de Andrade, and Bruno Peixe Dias ή τον συνεργάτη της πλατφόρμας podcast. Εάν πιστεύετε ότι κάποιος χρησιμοποιεί το έργο σας που προστατεύεται από πνευματικά δικαιώματα χωρίς την άδειά σας, μπορείτε να ακολουθήσετε τη διαδικασία που περιγράφεται εδώ https://el.player.fm/legal.
Os Sons Decidem por onde ir (Hans Otte) Toda a linguagem pode ser nociva, mesmo a que eventualmente achamos que não; exactamente por não nos ser possível viver a vida de outros, as apreensões de outros, o corpo de outros, o que palavras vãs a mais provocam nos outros. Achar que as expressões verbais não carregam todas juízos, todas... sem excepção, é estar à parte do mundo senciente, donde da arte, donde da vida. Se estamos dentro da nossa vida (das nossas constelações) não é possível estar dentro a avaliá-la; se assim fosse, como o mundo é infinito e o nosso cérebro não o consegue cobrir na totalidade, todas as ideias, todos os estímulos, andaríamos sempre frustrados. O monólogo como forma "importantíssima" de crítica num mundo de estímulos e contrastes é o álibi perfeito de sociedades pândegas serventes a quem custa encarar o grande simulacro da sua concepção de inactualidade cultural. Em 1885, Friedrich Nietzsche perguntava no antelóquio de Jenseits von Gut und Böse: "Admitindo ser a verdade uma mulher, não será bem fundada a suspeita de que todos os filósofos, ao serem dogmáticos, mostraram conhecer mal a mulher?" A mesma pergunta poderia ser feita a respeito do ensino artístico, da filosofia, da história, ou do ensino da música clássica. Se as constelações criadas nas músicas e nos textos podem amoldar experiências pessoais nas dos outros, não se podem analisar apenas numa procura de equivalências a fonéticas, lexemas, expressões idiomáticas, ou pentagramas; pois assim só nos restaria atribuir um sentido claro e apagar de cada fonograma que achamos relevante, e de cada livro que achamos interessante, a obscuridade intrínseca às experiências transmitida por linguagens criadas a partir de outros nexos e em confronto com tradições minuciosamente estudadas e vividas durante anos; traduzindo a história dos mundos que abraça. É que nos limites dos signos encontramos para lá dos nomes generalistas das notas musicais e das unidades linguísticas mínimas compostas por significantes (imagens acústicas) e significados (coisas), constelações aparentemente fixas mas ligadas por figuras imaginárias a que correspondem cenários especiais. Não há ninguém que escreva que não saiba que a palavra é um signo, e a linguagem feita de objectos presentes, orais e escritos, mirando outros já existentes, não percebidos no imediato. Objectos que são significados e dados a conhecer por via dos signos a outros sujeitos. Num debate organizado por Yves Buin em França no ano 1964, Jean-Paul Sartre dizia: “Quando oiço dizer ‘o homem é a literatura’ entendo imediatamente: o homem está alienado à literatura. Isto porque me é impossível reduzir uma actividade humana como é a literatura à sua essência, tal como fez Ricardou”. Se fazer do homem a essência do literário, como do musical, nada significa, o que procura num disco, num livro, num artigo, o ouvinte ou o leitor? E o que se reclama de crítico, quando qualquer autora experiente tem um olhar crítico e está pronta a debater e rebater? Procurará coisas diferentes, dependendo da provisoriedade ‘dos dias’ em que profere as suas opiniões. No filme Tár, escrito e realizado por Todd Field com a magnífica interpretação de Cate Blanchett para lá do set de filmagens, pois aprendeu alemão e a tocar piano para compor a sua personagem, temos um jargão musical por todo o filme difícil de entender para quem não é músico. Mas, um outro velhinho axioma percorre o filme: permanece a paciência para estar de joelhos diante da força quando até ela já passou a estar ao nosso serviço como instrumento e meio. Se no oculto a desprezamos irredutivelmente com os dentes insaciáveis da falange especializada "na técnica da escrita e não na escrita", no plateau aplaudimo-la, sem outra alternativa... Chegámos, como perceberam, ao episódio 7 das nossas conversas anartísticas sem guião; convidámos a pianista Joana Gama para se juntar à conversa. Passamos, como habitualmente, músicas e ainda falamos de livros que lemos ou andamos a ler.
…
continue reading
7 επεισόδια
Alle episoder
×Καλώς ήλθατε στο Player FM!
Το FM Player σαρώνει τον ιστό για podcasts υψηλής ποιότητας για να απολαύσετε αυτή τη στιγμή. Είναι η καλύτερη εφαρμογή podcast και λειτουργεί σε Android, iPhone και στον ιστό. Εγγραφή για συγχρονισμό συνδρομών σε όλες τις συσκευές.