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#4 Anatomia dos silêncios: conversa com Denise Pimenta
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O que as pandemias e epidemias são capazes de revelar a respeito das estruturas sociais mais profundas e do sistema de desigualdades (de raça, classe e gênero) nos quais essas estruturas se assentam? Que tipo de conhecimento a observação sensível e atenta das narrativas subterrâneas tecidas por mulheres no seu cotidiano, é capaz de trazer à luz? O que acontece quando alteramos a lógica (tão ocidental e masculina) de enxergar eventos como guerras e violência, com base na excepcionalidade e no heroísmo, passando a pensa-los em termos de sua materialidade (e imaterialidade) mais cotidiana e comum? Como a pandemia de coronavírus (evento marcante no momento da entrevista) reforça as relações de poder que mantém as mulheres e, em especial, as mulheres negras, na posição de coadjuvantes mesmo quando se trata de um fenômeno no qual estas são as maiores vítimas e as principais responsáveis pelas práticas de cuidado e tratamento? E de que maneira devemos entender o “campo” na pesquisa antropológica? Quando ele começa? E quando termina? Aliás, de que forma construir relações de confiança, afeto e empatia, entre interlocutoras que falam línguas e utilizam expressões não dominadas pela pesquisadora? Que métodos utilizar? Essas e outras questões formam a base da instigante conversa que tivemos com a antropóloga Denise Pimenta, cuja tese de doutorado, intitulada “O cuidado perigoso: tramas de afeto e risco na Serra Leoa (A epidemia do ebola contada pelas mulheres, vivas e mortas)”, tratou dos efeitos simbólicos, políticos e sociais vinculados à epidemia de ebola na Serra Leoa – pequeno país no oeste africano –, especialmente em relação àquilo que toca as relações de gênero. Trata-se de um episódio especial, feito em parceria com a Tessituras: revista de antropologia e arqueologia, devido o lançamento do suplemento especial: "As Ciências Sociais em tempos de pandemia: inquietações coletivas", que conta com Denise, entre seus/suas colaboradores/as. Quer saber mais sobre o trabalho de Denise e de outros/as entrevistados/as? Siga-nos nas redes sociais (Facebook e Instagram). Por lá, compartilhamos conteúdos extras relacionados às entrevistas, além de outras informações e dicas ligadas aos assuntos privilegiados em nossa abordagem. Desejamos a todos/as uma ótima experiência.
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O que as pandemias e epidemias são capazes de revelar a respeito das estruturas sociais mais profundas e do sistema de desigualdades (de raça, classe e gênero) nos quais essas estruturas se assentam? Que tipo de conhecimento a observação sensível e atenta das narrativas subterrâneas tecidas por mulheres no seu cotidiano, é capaz de trazer à luz? O que acontece quando alteramos a lógica (tão ocidental e masculina) de enxergar eventos como guerras e violência, com base na excepcionalidade e no heroísmo, passando a pensa-los em termos de sua materialidade (e imaterialidade) mais cotidiana e comum? Como a pandemia de coronavírus (evento marcante no momento da entrevista) reforça as relações de poder que mantém as mulheres e, em especial, as mulheres negras, na posição de coadjuvantes mesmo quando se trata de um fenômeno no qual estas são as maiores vítimas e as principais responsáveis pelas práticas de cuidado e tratamento? E de que maneira devemos entender o “campo” na pesquisa antropológica? Quando ele começa? E quando termina? Aliás, de que forma construir relações de confiança, afeto e empatia, entre interlocutoras que falam línguas e utilizam expressões não dominadas pela pesquisadora? Que métodos utilizar? Essas e outras questões formam a base da instigante conversa que tivemos com a antropóloga Denise Pimenta, cuja tese de doutorado, intitulada “O cuidado perigoso: tramas de afeto e risco na Serra Leoa (A epidemia do ebola contada pelas mulheres, vivas e mortas)”, tratou dos efeitos simbólicos, políticos e sociais vinculados à epidemia de ebola na Serra Leoa – pequeno país no oeste africano –, especialmente em relação àquilo que toca as relações de gênero. Trata-se de um episódio especial, feito em parceria com a Tessituras: revista de antropologia e arqueologia, devido o lançamento do suplemento especial: "As Ciências Sociais em tempos de pandemia: inquietações coletivas", que conta com Denise, entre seus/suas colaboradores/as. Quer saber mais sobre o trabalho de Denise e de outros/as entrevistados/as? Siga-nos nas redes sociais (Facebook e Instagram). Por lá, compartilhamos conteúdos extras relacionados às entrevistas, além de outras informações e dicas ligadas aos assuntos privilegiados em nossa abordagem. Desejamos a todos/as uma ótima experiência.
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